Artigos em Destaque

 

6.01.2014

Otimismo nas possibilidades

 

Dificuldades todas as nações possuem. O Brasil também tem seus gargalos, e não são poucos. Mesmo com as boas políticas de distribuição de renda, a desigualdade continua sendo uma marca vergonhosa da nossa realidade. Amargamos uma das mais altas cargas tributárias do planeta. Nossa infraestrutura logística tem decênios de defasagem. A burocracia trava o progresso. Os juros ainda são absurdos. O crescimento segue abaixo das expectativas. A economia está inegavelmente freada. Na política, novamente patinamos nas reformas e nas práticas. O povo foi às ruas, mas as respostas foram tímidas. A desconexão entre partidos e pessoas continua e tem se agravado. Na educação, estamos longe do patamar de investimento e prioridade que precisam ter o ensino fundamental e o técnico.

Apesar desses pesares, vejo um cenário otimista para 2014. E o prognóstico não está firmado em desejo, senão que em dados concretos de um Brasil real. De uma nação que possui potencial talvez como nenhuma outra. As nossas possibilidades superam, em muito, as nossas dificuldades. O agronegócio, motriz da nação, ainda tem muito a entregar. Com uma reforma tributária que racionalize o sistema, a economia acelera. Com um pacto federativo que descentralize recursos e poderes, os municípios e estados farão muito mais por suas populações. O novo modelo que está sendo criado para as parcerias público-privadas desafogará a demanda viária. Temos um país que quer investimento, e há quem queira fazê-lo.

O ano que começa é de eleições. É momento de buscar mais informações, de votar com consciência. As alternativas não serão mais bipolares na disputa presidencial. Haverá como avaliar, fazer opções bem pensadas. Também é o ano da Copa do Mundo. Concorde-se ou não com a sua realização aqui, é certo que o evento deixará um legado de obras. Chegou a hora de mostrar um novo Brasil – moderno, aberto para o turismo e os negócios.

Precisamos ir além do berço esplêndido. Temos tudo para ser o Brasil que sempre desejamos: economicamente desenvolvido, socialmente justo, ecologicamente sustentável. Bonito por natureza, produtivo por vocação. Tudo isso passa por governos, representantes, empresas e instituições. Mas passa também pelas pessoas, por cada um. Então, em vez de só esperar do cosmos social, que possamos traçar nossas próprias metas. Fazer o que está ao nosso alcance, e fazer bem feito – seja por nós, pelas nossas famílias, pelo nosso país!